sábado, 21 de junho de 2008

Vamos Fazer um Filme?

Pra começar: aqui não tem formalidades! Geralmente...

Há muito tempo,e quando eu digo muito tempo é muito tempo mesmo, eu tinha uma vontade de manter alguma coisa perpetuando com carinho por aí. Pois bem...tomada a devida vergonha na cara, resolvi criar este blog e tentar (e quando eu digo tentar é...bom, deixa pra lá...) mantê-lo. Espero que ele não tome o mesmo fim que meu fotolog...

Na realidade, acabei concordando comigo mesmo que já estava na hora de compartilhar com os amigos meus textos e idéias, que vez ou outra eu escrevo num papel e passo pro PC, ou escrevo num papel e o perco.

O que eu vou colocar vem bem a calhar: ontem, niver da Ju, eu, Vitor, Gabriel, Ricardo e Natália saímos na tentativa de comemorar e tomar um pouco de cerveja com a aniversariante e uma rapaziada. No fim, celebramos o aniversário dela sem ela (é,vai entender...mas teve até brinde). Durante um gole e outro, surgiu o papo de uma coisa que eu me orgulho tanto de ter feito que virou um desses pensamentos guardados e depois escrito.

Quem me conhece e nunca estudou no Lumen comigo, já deve ter ouvido falar em algo como O Livro dos Dias. Quem nunca ouviu falar, digamos que essa é a hora. Até porque, todos tem o direito de saber um pouco sobre o fato que, definitivamente, mudou minha vida. Lógico, sob o meu ponto de vista...se bem que eu sou bem imparcial! =D

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Tudo começou assim:

“Vamos fazer um filme?”. Confesso que gelei no momento em que a Thaís me fez essa pergunta, ao invadir minha carteira com um pedaço de papel em branco, apenas o nome dela assinado e um título no topo escrito “grupo”.

“OK!” respondi, meio achando que não ia dar em nada ou que o tal do filme não fosse sair. Assinei meu nome logo abaixo ao dela, com um garrancho incompreensível, me prontificando que de que minha árdua tarefa de escolher um grupo já estivesse completa.

Outras 12 (!) pessoas fizeram o mesmo abaixo do meu nome, alistando-se naquele que passou a ser conhecido como o-grupo-do-filme ou, numa visão mais pessimista da dupla chata daquela classe, o-grupo-dos-meninos-bagunceiros-que-vão-estragar-tudo-fazendo-um-filme-tosco.

O tempo foi passando, semanas para ser mais preciso, e o máximo que fizemos foi gravar as cenas iniciais com o João, durante uma aula de exercícios de geometria analítica. Faltava o resto.

E o resto demorou a chegar: para ser ainda mais preciso, ele apareceu durante um dos vários esporros (!) do Rogério durante sua aula de história, daquela vez por não reservarmos o retroprojetor para nossa própria apresentação sobre o Golpe de 64 e o governo Castello Branco.

Os dias passaram, viajamos para Porto Seguro, voltamos com a cabeça ainda na Bahia e eu e o Gabriel ainda fomos suspensos faltando duas semanas para a apresentação e nada do filme sequer começar a ser gravado.

“Será que isso vai dar mesmo certo?”, revezavam o Diogo e a Aline no ápice de suas preocupações. “Relaxa que vai, sim”, eu respondia numa falsa modéstia, acompanhado sempre do Ricardo que me ajudava a arquitetar cada passo daquilo que passou a ser chamado como O Livro dos Dias – um nome que, apesar da não ser de todo original (é o nome da última faixa, do último disco da Legião Urbana com o Renato Russo vivo), mas que veio a calhar com o propósito do projeto: retratar o futuro dos alunos do colégio Lumen Vitae, como um diário histórico que simboliza não apenas nossas vidas dentro e pós- colégio, mas como a de bilhões de terráqueos espalhados mundo a fora, apresentando-o para o restante da escola, incluindo nisso todos os alunos ,professores, funcionários, pais, avós e convidados numa data formal: a celebração dos 25 anos do Instituto.

“Pessoal, esse é o nosso TCC e, além disso, nossa despedida!” eu costumava dizer.

Até que deu certo. Tirando uma ou outra exceção, claro. Mas, na maioria, um ajudou o outro, superando seus próprios limites. É clichê, mas é verdade. O Gabriel chegou a desmontar o PC dele e ir até a casa do Ricardo para ajudar na edição. E foi em uma outra iniciativa dele que eu pensei “deu certo, conseguimos!”: horas antes da nossa apresentação, a gente fez uma roda e ele fez um sutil discurso de agradecimento a todo grupo, que se abraçou depois dos gritos de “aê!” e dos inúmeros palavrões proferidos. Detalhe: eles estavam p**** da vida conosco, por que eu, ele e o Ricardo decidimos não mostrar o vídeo que ficou pronto, definitivamente, um dia antes daquele 26/11/2006, para o restante do grupo. A intenção era, sem dúvida, a surpresa.

Surpresa, esta, que deu certo. A história sempre atemporal dos alunos que colhem no futuro o plantio feito na escola e que valorizam a essência do companheirismo e da amizade verdadeira, penetrou, fundo, não só o restante do curioso grupo excluído momentaneamente por um excesso de egoísmo intencional da nossa parte, mas também o restante do auditório que, em sua maioria, chorou e ,em sua totalidade, ovacionou em coro e uníssono.

Ficou testemunhado que, definitivamente, nós não estragamos nada. Muito pelo contrário. Afinal de contas, foi feito com o coração.

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ps: Eu ainda coloco no youtube o trailer


3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Estou aqui como primeiro leitor oficial de seu blog Vini,a introdução está bem legal cara e pelo visto vão ter diversas histórias pra você acrescentar aí, só de fatos e situações cômicas da facul já se lota algumas páginas,haha, mas enfim, parabéns Mlke!!!

Unknown disse...

adorei viniiiii!
ate hj é emocionante pra mim.. ver, ler ou conversar sobre o filme..
amo todos!!!!

BEIJAO!!!