sábado, 27 de junho de 2009

Como um velho carnaval

Vem de um lugar que não conheço

Tamborila no meu peito

Um afluente de desejo,

De repulsa e de tormento

Como em um velho carnaval.


Grita a voz que desconheço

Impondo seu respeito

Com um sussurro matreiro

E eu atento em um silêncio sorrateiro

Como em um velho carnaval.


E de repente se mistura, se entende

Se escuta, compreende a beleza

Do chamado quieto e longo

Do seu verde doce olhar.


E não mais como um velho carnaval

Em que suspiro vira grito

E fraqueza é rebeldia

Eu atendo o seu convite:


Estendo as mãos, busco seus braços

Fazendo da folia e feriado

A hora certa de escutar a quietude

Da música que seus olhos me embalam a dançar

Como em um bom e velho carnaval...

2 comentários:

Lucas Guratti disse...

Bom jogo, tem swing.

Unknown disse...

Beto texto,adorei.Bejio